Águas residuais fluem impunemente em uma rua de Santiago de Cuba: "Passam ao lado de um consultório."

O esgoto afeta pais e crianças, que têm que suportar o mau cheiro no caminho para as escolas e os locais de trabalho.


Um esgoto de águas pluviais flui descontroladamente por uma rua da cidade de Santiago de Cuba, passando ao lado de um consultório médico e em frente a várias residências, sem que o regime ofereça qualquer solução para o problema.

O comunicador Yosmany Mayeta denunciou nesta terça-feira no Facebook que a falta de ação do governo local em relação ao esvaziamento está afetando os moradores da rua 7, no bairro de Altamira, mencionando especificamente crianças e idosos.

Captura do Facebook / Yosmany Mayeta

"Um rio de água contaminada está descendo por toda a rua", destacou o ativista, ressaltando que os problemas sanitários nessa comunidade são comuns devido aos deslizamentos de terra e ao esgoto.

Segundo Mayeta, essa situação se agrava porque a comunidade "fica em uma descida e todo o desperdício do bairro vizinho 'El Ateneo' vai para lá", indicou.

Além disso, destacou que o esgoto de águas residuais está localizado perto de um supermercado de produtos controlados e racionados da cesta básica e de um círculo infantil, “onde diariamente pais e crianças têm que transitar por essas águas fétidas”, denunciou o comunicador, alertando que essa situação coloca em risco a saúde das crianças.

“Evitem a contaminação da água potável com essas águas residuais, que podem causar tantos problemas diarreicos em várias comunidades vizinhas”, insistiu Mayeta, culpando o regime e sua inação como os responsáveis pela situação sanitária na comunidade de Altamira, um local onde se registraram várias protestos antigovernamentais.

Não é a primeira vez que as obstruções e vazamentos de águas servidas colocam em risco a saúde das crianças.

Os pais das crianças que estudam na escola primária "Amistad com os povos", localizada em La Comercial do Distrito 1 José Martí, em Santiago de Cuba, denunciaram recentemente que a entrada e a área de formação onde ocorre o matutino estavam alagadas com águas residuais.

"Isso está acontecendo neste momento, a entrada está inundada com águas servidas, dificultando a entrada das crianças para as suas salas de aula. A diretora já informou que esgotou todos os recursos, visitando todas as instituições, mas nada é feito", relatou uma das mães.

Também na cidade de Santiago de Cuba, alguns residentes relataram em março último uma obstrução de águas pluviais que chegou ao registro e à torneira de água potável na área, com o consequente perigo que isso representa.

O fato ocorreu na central Carretera del Morro, em diferentes trechos de ambas as calçadas, na localidade de Vista Hermosa.

Captura do Facebook / Yosmany Mayeta

"Estamos tomando água de péssima qualidade", afirmou indignada uma residente afetada ao jornalista independente Mayeta, que compartilhou no Facebook várias fotos tiradas em frente à sede provincial da Cruz Vermelha.

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