Jovem é assassinada pelo ex-parceiro na Habana Vieja

Naomi Téllez Wilson, de 24 anos, foi assassinada por seu ex-parceiro no bairro de Belém, em Havana Velha, no dia 20 de novembro passado.

Naomi Téllez Wilson y su asesino, Oscar Oropesa © Facebook/Desaparecidos dentro de Cuba .Somos tu voz y Oscar Oropesa
Naomi Téllez Wilson e seu assassino, Oscar Oropesa.Foto © Facebook/Desaparecidos dentro de Cuba. Somos sua voz e Oscar Oropesa.

A violência contra a mulher cobra mais uma vida e enlutou uma família em Cuba: a jovem Naomi Téllez Wilson, de 24 anos, foi assassinada por seu ex-parceiro na Habana Vieja na semana passada, segundo relatórios em redes sociais.

O brutal crime, ocorrido na madrugada de 20 de novembro, chocou a comunidade do bairro de Belém e se soma à alarmante cifra de 50 feminicídios confirmados por plataformas independentes ao longo de 2024.

O assassino, identificado como Oscar Oropesa, foi preso pela polícia pouco depois de cometer o crime.

Captura do FacebookDesaparecidos em Cuba. Somos a sua voz.

O fato ocorreu na residência do agressor, na rua Habana, entre Luz e Acosta, onde Oropesa agrediu a jovem e, em seguida, a esfaqueou mortalmente. Segundo revelaram fontes próximas à vítima ao influenciador Niover Licea, ambos eram vizinhos nesse endereço.

Familiares, amigos e vizinhos de Téllez pedem que se faça justiça por este crime brutal.

Até o momento, 50 mulheres foram vítimas de feminicídio, de acordo com o subregistro feito pelos observatórios da revista Alas Tensas e YoSíTeCreo em Cuba.

Em 2023, ambas as plataformas confirmaram 89 feminicídios. No entanto, as estatísticas oficiais publicadas pelo governo cubano até outubro desse ano registraram 117 crimes violentos contra mulheres.

O regime revelou que, em 2023, foram julgados em tribunais 110 casos de assassinatos de mulheres de 15 anos ou mais, por razões de gênero, segundo dados do Observatório de Cuba sobre Igualdade de Gênero.

Também foram julgados os autores de 378 casos de violência sexual, enquanto um número indeterminado de mulheres ficou com lesões após ataques de seus ex-parceiros.

O Código Penal cubano não tipifica o feminicídio como delito e também não utiliza os termos "feminicídio" ou "crime machista".

A Federação de Mulheres Cubanas (FMC), ligada ao governo, reconheceu que mais de 16.000 mulheres e meninas, de 9.579 famílias, vivem em situação de violência no país.

O governo estabeleceu, no meio deste ano, um sistema nacional de registro, atendimento, acompanhamento e monitoramento dos casos de violência de gênero no ambiente familiar.

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