O governo cubano aumenta os preços do cimento nacional no mercado atacadista

O aumento dos preços do cimento em Cuba, segundo a Resolução 31/2025, quase duplica o estabelecido em 2022.


O Governo de Cuba anunciou um aumento significativo nos preços atacadistas do cimento de produção nacional, de acordo com a Resolução 31/2025 publicada hoje na Gazeta Oficial.

A medida, que entrará em vigor retroativamente a partir de 1º de janeiro de 2025, estabelece novos preços máximos para os tipos de cimento comercializados pela empresa estatal ECOCEM, que quase duplicam os da resolução anterior aprovada em 2022.

De acordo com o Ministério de Finanças e Preços, a decisão responde ao aumento dos preços das matérias-primas essenciais, como o clínquer, o gesso aditivo e as bolas de aço, o que elevou significativamente os custos de produção.

Preços aprovados em 2025

As autoridades afirmam que esta atualização busca "reconhecer os custos reais" do processo produtivo, melhorar a eficiência econômica do setor e reduzir a dependência de subsídios do orçamento estatal.

O novo esquema autoriza as empresas produtoras a estabelecer preços atacadistas descentralizados com um lucro de até 20% sobre o custo total. Além disso, permite-se à ECOCEM aplicar uma margem comercial de até 10% e faturar separadamente os custos do serviço de transporte.

Os preços da Resolução em 2022

As autoridades também destacam que a atualização pode ter um efeito positivo na remuneração salarial dos trabalhadores do setor de cimento, o que contribuiria para reduzir a alta rotatividade de pessoal qualificado que a indústria enfrenta.

Entre os sortimentos de cimento cujo preço foi reajustado encontram-se: P-350 em bolsa de 42,5 kg; P-350 a granel; P-250 em bolsa de 42,5 kg; P-250 a granel e o cimento branco em bolsa de 42,5 kg; cujos preços agora variam entre 4.500 e 6.500 pesos.

A resolução revoga formalmente a anterior Resolução 281/2022, vigente desde outubro de 2022 e cujos preços eram quase a metade dos estabelecidos este ano, e atualiza os valores fixados na Resolução 311/2020.

Embora as autoridades justifiquem o aumento como uma medida para garantir a sustentabilidade financeira da indústria, a elevação ocorre em um contexto de crise econômica prolongada, com inflação alta, escassez de materiais de construção e uma demanda habitacional insatisfeita.

Construtores estatais, privados e cidadãos comuns podem ser afetados pelo aumento do preço do cimento, o que impactará tanto os custos de obras públicas quanto os esforços individuais para construir ou reparar residências.

Perguntas Frequentes sobre o Aumento de Preços do Cimento em Cuba

Por que o governo cubano aumentou os preços do cimento?

O governo cubano aumentou os preços do cimento para reconhecer os custos reais de produção, melhorar a eficiência econômica do setor e reduzir a dependência de subsídios do orçamento estatal. O encarecimento de matérias-primas como o clínquer, o gesso aditivo e as bolas de aço elevou significativamente os custos de produção, justificando o aumento de preços segundo as autoridades.

Como afeta o aumento do preço do cimento os cidadãos cubanos?

O aumento do preço do cimento impactará tanto os custos de obras públicas quanto os esforços individuais para construir ou reparar moradias. Construtores estaduais, privados e cidadãos comuns podem ser afetados, o que provavelmente agravará a crise de habitação em um contexto de alta inflação e escassez de materiais de construção.

Quais medidas o governo cubano tomou para enfrentar a crise na produção de cimento?

O governo cubano propôs como estratégia para 2025 a reativação parcial da planta de cimento de Cienfuegos, o impulso a projetos de exportação de cimento e uma maior eficiência no uso dos materiais disponíveis. No entanto, essas medidas carecem de concretude, prazos e recursos visíveis, o que gera dúvidas sobre sua eficácia.

Qual é o estado atual da indústria de cimento em Cuba?

A produção de cimento em Cuba encontra-se em um estado crítico, com apenas 10% da capacidade instalada utilizada em 2024. A crise deve-se à falta de manutenção nas fábricas de cimento e à escassez de investimentos nos últimos anos, o que impactou severamente o programa de habitação e outras obras de infraestrutura no país.

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