A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou nesta terça-feira que o presidente Donald Trump assinará uma ordem executiva com o objetivo de restringir o acesso de imigrantes indocumentados aos benefícios previstos na Lei do Seguro Social, além de ampliar as investigações relacionadas à fraude nesses programas.
Leavitt detalhou que o presidente assinará um memorando presidencial que estabelece o seguinte:
-Restrição de benefícios: O documento instruirá as agências governamentais a tomarem medidas para impedir que pessoas não elegíveis, incluindo imigrantes em situação irregular, acessem os fundos da Segurança Social.
-Ampliação das investigações de fraude: O Programa de Fiscais Contra o Fraude da Administração da Previdência Social será reforçado, ampliando-se para pelo menos 50 escritórios de procuradores federais em todo o país.
Será criado também um programa paralelo focado na fraude ao Medicare, que operará inicialmente em 15 escritórios de procuradores nos EUA.
Auditoria de rendimentos suspeitos: Será pedido ao Inspector Geral da Administração da Segurança Social que investigue os relatórios de rendimentos relacionados a pessoas com mais de 100 anos cujos registros apresentam inconsistências, como parte do esforço para combater o roubo de identidade.
O memorando também pedirá que a Administração da Segurança Social considere retomar o uso de ações civis e a imposição de multas econômicas contra indivíduos que cometam fraude no sistema, uma prática que está suspensa há vários anos.
Leavitt sublinhou que esses programas são financiados pelos contribuintes e, portanto, devem ser reservados exclusivamente para aqueles que atendem aos requisitos legais.
Além disso, criticou a gestão do presidente Joe Biden, afirmando que durante seu mandato anterior "dezenas de milhões de imigrantes ilegais" permaneceram no país e muitos deles acessaram esses benefícios de forma fraudulenta.
Na semana passada, foi notícia que a Administração Trump implementou uma polêmica estratégia para cumprir sua promessa de intensificar as deportações em massa.
Segundo uma investigação publicada originalmente pelo The New York Times, o governo dos EUA declarou falecidos mais de 6.000 migrantes com status legal temporário, invalidando seus números de Seguro Social e eliminando seu acesso a serviços financeiros, benefícios governamentais e emprego.
Este processo, descrito por alguns funcionários como uma forma de "assassinato digital", representa uma intensificação drástica das medidas migratórias adotadas pela Administração.
A finalidade, segundo fontes oficiais citadas pela CBS News, é clara: “animá-los a se autodeportarem”.
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