Políticos cubano-americanos saem em defesa da Radio Martí a 40 anos de sua fundação

A Rádio Martí celebra 40 anos como uma fonte chave de informação em Cuba, recebendo apoio de políticos e ativistas que destacam seu papel na luta pela liberdade de expressão sob o regime cubano.


Al completarem 40 anos da fundação de Radio Martí, reconhecidas figuras políticas cubano-americanas e diplomatas americanos expressaram seu apoio à emissora e seu papel fundamental como fonte de informação para o povo cubano.

A emissora, criada durante o governo do presidente Ronald Reagan, transmitiu pela primeira vez em maio de 1985 com o objetivo de oferecer notícias sem censura aos cidadãos cubanos.

A congressista María Elvira Salazar celebrou o aniversário destacando que “@martinoticias tem sido voz, esperança e verdade para o povo cubano. Um farol de liberdade que nunca se apaga. Parabéns neste aniversário!”

O congressista Mario Díaz-Balart destacou a relevância do projeto: “A Radio Martí é mais necessária do que nunca. Reagan compreendeu a importância de que os cubanos tivessem acesso livre à informação”, afirmou.

Seu colega no Congresso, Carlos Giménez, classificou a emissora como “um salva-vidas para um povo que anseia pela liberdade” e denunciou que em Cuba a imprensa independente é ilegal e a liberdade de expressão, reprimida.

Desde a diplomacia e a sociedade civil, vários líderes também celebraram o aniversário da emissora, que ficou fora do ar há algumas semanas no contexto dos cortes da Administração de Donald Trump.

Kari Lake, assessora Principal da Agência de Mídia Global dos EUA (USAGM), elogiou o papel histórico da Rádio Martí: “Durante quatro décadas, eles têm dado uma voz de liberdade e esperança ao povo cubano através de sua poderosa transmissão”, declarou.

O chefe da Missão da Embaixada dos EUA em Cuba, Mike Hammer, também estendeu suas felicitações: “Esperamos continuar contando com vocês como uma fonte importante de notícias, apesar das mudanças e dificuldades.”

Desde a sociedade civil, o politólogo cubano Manuel Cuesta Morúa recordou como Radio Martí quebrou o monopólio informativo do regime: “Foi a primeira vez que os cubanos puderam ouvir uma informação diferente sobre Cuba”, disse, evocando os anos em que a emissora era ouvida às escondidas.

Por sua parte, a ativista e líder do Cuba Decide, Rosa María Payá, afirmou: “Radio Martí tem sido parte da minha vida e da de muitos cubanos. Obrigada a todos que mantiveram viva essa voz durante quatro décadas”.

A líder das Damas de Blanco, Berta Soler, agradeceu em nome do grupo opositor feminino à Radio Martí por dar voz às denúncias das ativistas, dos presos políticos e de seus familiares contra a repressão do regime cubano.

Soler foi uma das vozes que se ergueu da ilha durante o fechamento da emissora em março passado para pedir ao presidente Trump que devolvesse ao ar aquela que tem sido companhia e voz do movimento opositor cubano há décadas.

Recordou que em 2003, quando não havia acesso à internet em Cuba, Radio Martí foi a única fonte de informação sobre o que acontecia com os prisioneiros políticos e o movimento das Damas de Branco.

A Rádio Martí saiu do ar pela primeira vez em 20 de maio de 1985, coincidindo com a comemoração do aniversário da independência de Cuba (20 de maio de 1902).

Esta data foi escolhida simbolicamente para marcar o início de suas transmissões para a ilha, com o objetivo de oferecer uma alternativa informativa ao controle estatal cubano sobre os meios de comunicação.

A 40 anos de sua fundação, Radio Martí continua sendo motivo de debate e símbolo de luta pela liberdade de expressão em Cuba. Seus defensores afirmam que, apesar dos desafios tecnológicos e políticos, sua missão permanece mais atual do que nunca.

Perguntas frequentes sobre a Radio Martí e sua importância para Cuba

Por que é importante a Radio Martí para o povo cubano?

A Radio Martí é uma fonte vital de informação sem censura para o povo cubano, especialmente em um país onde a imprensa independente é ilegal e a liberdade de expressão está reprimida. Desde sua criação em 1985, tem fornecido notícias e perspectivas que o regime cubano tenta suprimir, tornando-se uma ferramenta chave para a resistência pacífica e o jornalismo independente na ilha.

Qual tem sido a postura dos políticos cubano-americanos em relação à Rádio Martí?

Políticos cubano-americanos como María Elvira Salazar, Mario Díaz-Balart e Carlos Giménez têm defendido veementemente a continuidade da Radio Martí, considerando-a mais necessária do que nunca para garantir o acesso a informações livres em Cuba. Eles ressaltaram seu papel como um "farol de liberdade" e instaram as autoridades americanas a manter seu apoio à emissora diante das tentativas de censura do regime cubano.

Como a comunidade cubana no exílio reagiu ao fechamento da Rádio Martí?

A comunidade cubana no exílio reagiu com preocupação e repúdio diante do fechamento temporário da Rádio Martí, argumentando que sua ausência representa uma vitória para o regime cubano e um retrocesso na luta pela liberdade de expressão na ilha. Organizações como a Fundação Nacional Cubano-Americana pediram ao governo dos Estados Unidos que restaure os fundos necessários para sua operação contínua.

Qual é o impacto da Radio Martí na sociedade cubana?

Radio Martí teve um impacto significativo na sociedade cubana ao romper o monopólio informativo do regime. Tem sido uma fonte de informação crucial durante eventos históricos importantes e tem dado voz a ativistas, opositores e presos políticos. Sua presença permitiu que os cubanos tivessem acesso a notícias e opiniões diversas, fomentando a esperança e a resistência pacífica diante da repressão estatal.

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Equipe Editorial da CiberCuba

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