Se recupera músico vítima de assalto violento em Havana, mas precisa de ajuda para continuar trabalhando

Uma campanha busca arrecadar dinheiro para comprar uma nova moto elétrica para Eduardo Longa e cobrir despesas básicas enquanto ele se recupera.

Eduardo LongaFoto © Facebook / Eduardo Longa

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O renomado baterista cubano Eduardo Longa, uma figura chave do rock na Ilha por mais de três décadas, continua sua recuperação após ter sido brutalmente agredido durante um violento assalto ocorrido há poucos dias em Havana.

"Já estou quase perfeito, vocês são minha cura, eu amo vocês...", escreveu o artista em seu mural no Facebook, junto a uma foto onde se vê como as feridas do rosto já cicatrizaram.

Captura de Facebook / Eduardo Longa

O ataque ocorreu na madrugada de domingo, 25 de maio, quando ele saía do clube Submarino Amarillo, em El Vedado. Foi interceptado por desconhecidos que o agrediram violentamente para roubar sua motocicleta elétrica, seu celular, carteira, cartões bancários e até mesmo seu capacete.

Segundo o relato de amigos e pessoas próximas, a agressão foi marcada por uma violência extrema, a ponto de quase custar-lhe a vida.

"El Longa", como é conhecido na cena do rock cubano, sofreu múltiplos traumatismos: cortes na cabeça, golpes severos nos braços, pontos dentro da boca e do nariz, e desvio do septo nasal.

"Não se lembra se o agrediram com um taco de beisebol ou pedras. Triste", escreveu o fotorrepórter Enrique de la Osa, que denunciou o ocorrido nas redes sociais acompanhado de fotos que mostravam os danos físicos.

Uma campanha para devolver a música

Embora seu estado de saúde tenha melhorado, Longa precisa de apoio urgente para poder retomar sua atividade musical.

O realizador Adrián Monzón (VjCuba) lançou uma campanha solidária para arrecadar $2,000 USD, com o objetivo de comprar uma nova moto elétrica (modelo Topmaq 3000w) para Longa e cobrir algumas despesas básicas enquanto ele se recupera.

"El Longa só quer trabalhar, criar, produzir. Sem luxos, sem excessos. Apenas voltar a te dar a música que estamos desfrutando há décadas", escreveu Monzón no Facebook, apelando à comunidade cubana dentro e fora da Ilha.

A campanha propõe doações através de plataformas como Venmo, PayPal ou Zelle, e cada colaborador receberá uma surpresa especial do próprio Longa, que "sempre deu mais do que recebe", nas palavras de Monzón.

"Tu contribuição não compra uma moto. Compra esperança. Não conserta um rosto machucado. Conserta um mundo onde os artistas deveriam poder criar sem medo", afirma o texto que acompanha a petição.

Uma vida dedicada ao rock cubano

Eduardo Longa tem sido uma parte fundamental de agrupações como Deformity, Garage H, Zeus e, mais recentemente, Pyra, consolidando um legado dentro da cena do rock underground cubano.

Ao contrário dos músicos comerciais, ele tem persistido no gênero desde a resistência, como parte de uma minoria artística que manteve viva uma cultura alternativa durante décadas, muitas vezes sem apoio institucional.

"Há três dias quase o mataram por uma moto e um telefone. Veja seu rosto na foto", lamenta Monzón em sua mensagem, denunciando como a violência em Cuba ameaça até mesmo aqueles que apenas tentam ganhar a vida de forma honesta.

A insegurança, um problema crescente

O caso de Longa gerou uma onda de indignação entre músicos, artistas e cidadãos, que denunciam o aumento dos roubos violentos na capital cubana, em meio a uma grave crise econômica e uma queda alarmante na segurança pública.

"A criminalidade se apoderou das ruas, Cuba já não é nada segura", escreveu um usuário nas redes sociais, refletindo o sentimento geral diante de uma onda de criminalidade que não dá trégua.

Os amigos do músico pedem apoio com medicamentos, alimentos, produtos para cuidados e qualquer tipo de ajuda material que permita a Longa se recuperar e voltar aos palcos.

Apesar da dor e das sequelas, quem o conhece afirma que ele não perdeu o sorriso nem a alegria, e que mantém intacto o desejo de continuar criando música para o povo cubano.

Perguntas frequentes sobre o ataque ao músico Eduardo Longa e a insegurança em Cuba

Como está Eduardo Longa após o violento assalto em Havana?

Eduardo Longa, o baterista cubano, está em processo de recuperação após ter sido brutalmente agredido durante um assalto em Havana. Apesar das graves feridas, seu estado de saúde melhorou significativamente.

Que ajuda Eduardo Longa precisa para retomar sua carreira musical?

Eduardo Longa precisa de apoio financeiro para adquirir uma nova moto elétrica e cobrir algumas despesas básicas enquanto se recupera. Foi lançada uma campanha solidária para arrecadar $2,000 USD através de plataformas como Venmo, PayPal ou Zelle.

Quais medidas de segurança estão sendo tomadas em Cuba diante do aumento da criminalidade?

O aumento da criminalidade e da insegurança em Cuba tem gerado preocupação, mas não foram reportadas medidas efetivas por parte do governo para melhorar a segurança pública. A população continua exigindo ações mais contundentes.

Como a recente violência impactou a comunidade artística cubana?

A crescente violência em Cuba gerou um ambiente de insegurança que afeta gravemente os artistas, que frequentemente enfrentam situações perigosas enquanto tentam ganhar a vida de maneira honrada. A comunidade artística expressou sua indignação e preocupação por esses acontecimentos.

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Equipe Editorial da CiberCuba

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